quinta-feira, 18 de março de 2010

Entrevista publicada em 09/02/2010 na revista Trópico do UOL

Tive a honra de ser entrevistada por Álvaro Machado, jornalista,autor e editor da Ópera Prima Cultural,para a revista Trópico do UOl.
Como a entrevista é longa, aqui no "Tô bem ridícula" copiei apenas o texto de introdução do Álvaro. Abaixo postei o link pra quem quiser ler a entrevista.

http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/3166,1.shl

1 a.r.t.e.
TEATRO
Humor sem humilhação
Por Alvaro Machado


A atriz Grace Gianoukas
Divulgação
A atriz Grace Gianoukas, de “Terça Insana”, conta como uma bactéria deslanchou sua carreira e protesta contra a prepotência no palco


Palcos paulistas e cariocas anunciavam, em dezembro de 2009, uma catadupa de pelo menos duas dezenas de comédias "stand up", gênero que historicamente pode ser referido à arte solitária dos menestréis medievais e a apresentações em feiras norte-americanas, já no século XVIII. Em última análise, entretanto, esse nome e seu formato atual como espetáculo tornou-se popular há 50 e poucos anos, em bares e teatros dos Estados Unidos.
Nos roteiros teatrais paulistanos, o muito copiado espetáculo “Terça Insana”, da atriz Grace Gianoukas –completando dez anos em cartaz em 2011–, também costuma ser anunciado como "stand up", para descontentamento de sua criadora.
No Rio, um grupo que, a exemplo do “Terça”, excursiona por capitais, escolheu como nome a tradução ao pé da letra do termo "stand up comedy": o “Comédia em Pé” exibe-se com quatro atores que, à maneira do cinema dinamarquês recente, afirmam obedecer os itens de uma lista-dogma para atingir total despojamento.
O conceito "stand up" aponta, na origem, a motivação de alguém que se levanta para declarar, publicamente, algo que considera importante. Confissão, desabafo. Na memória histórica recente, o gênero poderia estar conectado aos terrificantes auto-exames públicos de consciência nos países de doutrina marxista, atrás da Cortina de Ferro, entre as décadas de 1930 e 1960.
Na cultura nova-iorquina recente, sobretudo de raízes judaicas e irlandesas, é como se esses exercícios de mortificação adquirissem contornos de absurdo metafísico. Nessa vertente, as falas que Woody Allen dirige à câmera nos filmes de sua safra vintage são o exemplo de mais fácil lembrança.
No Brasil, “confissões” que se tornam motivo de riso podem ser conferidas, hoje, não apenas em teatros convencionais, mas também em casas de shows e espaços alternativos. Com risos regados a cerveja (nos chamados halls) ou a seco (em teatros e auditórios de modelo italiano). Com atores popularizados pela TV ou saídos do próprio "stand up" para a telinha, e daí retornados, à maneira de filhos pródigos. Com gente de sólida formação em artes cênicas ou bacharelada em programas de “pegadinhas” no rádio. Como nas antigas feiras públicas, por aqui o rótulo abriga, enfim, de tudo um pouco, com infeliz predominância de humor chulo e preconceituoso, enraizado em velhos programas de TV.
Mas por que tanta gente que tenta fazer rir falando de sexo, casamento, trabalho e política à maneira brasileira lança mão, sem dor de consciência, dessa expressão cunhada na fria América do Norte para um tipo muito específico de show? E o que pensa de tudo isso a responsável pelo fenômeno da multiplicação dos solos de humor, Grace Gianoukas?
Independente do número de similares que sobem à ribalta, seu fundamento teatral, revisado periodicamente com temas na ordem do dia e novos colaboradores, lota religiosamente o Avenida Club, na região oeste de São Paulo. Para os que têm preguiça de salões por onde circulam garçons, é possível avaliar a função por meio de dois DVDs, já cooptados pelo circuito nacional de camelódromos.
Comparados ao textos da maioria dos espetáculos ditos “stand up”, os quadros escritos por Grace e Cia. apresentam infinitamente mais ambiguidades de humor, referências cultas e crítica social. Situam-se a meio caminho entre o "one man/woman show" e a carpintaria teatral. Sempre insuflada pela força histriônica de sua líder, a “insanidade teatral” já contou em suas fileiras com nomes como Marcelo Médici,Graziela Moretto e Luis Miranda, hoje com suas próprias casas cheias.
Na entrevista a seguir, a gaúcha Grace revela por que entrou na "lista negra" da TV Globo, conta como uma bactéria deslanchou sua carreira e explica por que detesta comédias que promovem a humilhação alheia. "Tu assiste a muita prepotência no palco. Pessoas que declaram coisas assim: “Gente de Rondônia tinha que ser morta, que gente feia!”. Isso é lá engraçado?!", protesta.
LINK http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/3166,1.shl

quarta-feira, 3 de março de 2010

¨Pen¨
Vídeo sobre prevenção da Aids Bravo!!!!! Quando dou de cara com uma idéia geniai, como a deste vídeo, fico em estado de graça, sou chacoalhada pela surpresa, sou arrancada do óbvio ao meu redor e lançada para o infinito das possibilidades...A alegria arrebatadora, traz de volta a esperança, abre todas as janelas da alma...